O “Fecha Corpo” é uma tradição que resiste há sete décadas e atrai milhares de visitantes a Monte Alegre do Sul todos os anos na Sexta-feira Santa. Após dois anos sem edições presenciais devido à pandemia, as “garrafinhas” de cachaça curtida na arruda ou guiné voltam a ser distribuídas ao público em 2022, em15 de abril.
A 72ª edição do Fecha Corpo se inicia a partir das 6h, na Praça Bom Jesus e em vários alambiques da cidade. Veja os participantes:
Família Zezé Valente
Endereço: Rua Capitão José Inácio, 242, Centro
Horário: 6h às 9h
Bar da Fonte Rotisseria
Endereço: Rua Joaquim de Oliveira, 88, Centro
Horário: 12h30 às 16h
Cantinho da Ni
Endereço: Estrada do Bairro dos Alves
Telefone: (19) 3899-1234 e 9.6168-1438
Horário: 9h às 17h
Adega Peterlini
Endereço: Sitio Morro Alto, Bairro dos Alves
Telefone: 19 3899-1125
Horário: 7h às 15h
Nono Rouxinolli
Endereço: Estrada Vicinal Nassif Taufiic Sítio Santa Tereza, Bairro do Falcão
Telefones: (19) 3899-2422 e (19) 9.9859 4671
Horário: 8h às 17h
Cachaça Brisa da Serra
Endereço: Avenida Deputado Narciso Pieroni, 588, Distrito das Mostardas
Telefone: (19) 3899-2546
Horário: 7h às 12h
Sobre o “Fecha Corpo”
O “Fecha Corpo” surgiu em 1948, há 74 anos, em Monte Alegre do Sul. Quando Zezé Valente repentinamente adoeceu, ele procurou médicos, fez tratamentos e tomou remédios receitados por amigos, porém, não obteve sucesso.
Como esperança, procurou a benzedeira Nhá Sabá, que lhe ensinou uma receita para se livrar do mal, segundo ela, espiritual. Para que fosse curado, Zezé deveria colher folhas de arruda ou guiné, ainda úmidas de orvalho, na madrugada da Sexta-feira da Paixão. Deveria também colocar as folhas em infusão na cachaça ou pinga para que no raiar ainda da sexta-feira, bebesse uma dose em jejum.
Zezé fez o ritual e se curou. Impressionado com o resultado, ele resolveu repetir o ato em toda Sexta-feira Santa. A notícia se espalhou e seus amigos e conhecidos passaram a frequentar sua casa todos os anos no feriado da Paixão de Cristo, em busca da poção milagrosa. A procura pela bebida de Nhá Sabá se tornou tão tradicional que ganhou fama em toda Monte Alegre do Sul e atingiu também outras cidades.
Anos após a morte de Zezé, a família Valente ainda mantém a rotina de distribuição da mistura com cachaça, que vem acompanhada de um pequeno pão com aliche, um tacanho peixe de origem mediterrânea.